sábado, abril 29, 2017

Jesus e Seus Interlocutores 
Ricardo Gondim
Vez por outra algumas palavras viram xingamentos. Elas ganham a boca do povo e servem direitinho para demonizar o outro: subversivo, terrorista, fascista, comunista, veado, ianque. Ultimamente ficou fácil, fácil, chamar as pessoas de vagabundas. Eu próprio já vesti a carapuça.
Não me protejo. Não me importo. Desprezo qualquer pedrada verbal. Dou de ombros para quem esbraveja adjetivos iracundos.
O mundo deve aos vagabundos. Charles Chaplin encarnou lá atrás, no tempo do cinema mudo, um doce e maravilhoso desocupado. Diante de máquinas de datilografia, nos ateliês, nas coxias de teatro, quanta beleza nasceu do ócio. Não fosse a vagabundagem de poetas, músicos, saltimbancos, repentistas, bardos, atores, nos condenaríamos a marchar com passo de ganso, como nos exércitos. Graças aos desocupados, a vida não fica tão cinzenta.
Pretendo ser um seguidor de Jesus. A rigor ele cabe no estigma de vagabundo. Jesus não tinha casa fixa, vivia de doações, rodeou-se de mulheres (algumas suspeitas) e tinha, entre os apóstolos, zelotes (os terroristas da época).
Andarilho, Jesus, viu-se mal afamado por gente “de bem” – que procurava ofendê-lo, tratando-o como glutão e beberrão. Não admira, seu movimento foi subterrâneo e marginal. Jesus de Nazaré frequentou favelas, tratou com leprosos, ouviu mendigos (jantou na casa de ricos também). Pouco ortodoxo, desafiou o clero quando ainda tinha 12 anos de idade. Foi também um vândalo – sua reação tempestiva ao virar as mesas dos cambistas no templo pode ter sido a gota d’água para ser crucificado.
Décadas depois, seus discípulos foram acusados de delirar (Paulo), de serem loucos e provocarem escândalos (crentes de Corinto). A história mostra que mesmo depois da constantinização e cooptação da fé, o legado de Jesus inspirou grupos de resistência. Jesus nunca deixou de inspirar “vagabundos”: Francisco de Assis na Itália, Thomas Müntzer na Alemanha, John Wesley na Inglaterra, Charles Finney nos Estados Unidos, Oscar Roméro em El Salvador, a estadunidense Dorothy Stang no Brasil.
Noto um  esforço esquisito de tentar “normalizar” Jesus como líder de uma religião pequeno-burguesa, conservadora, reacionária. Querem transformá-lo em um carimbador do status quo. O Jesus domesticado pela teologia, engessado pela instituição e  apequenado pela ganância do lucro, não corresponde ao filho de Deus dos evangelhos.
Será que gritaram “vagabundo, vagabundo, vagabundo” enquanto ele carregava a cruz pela Via Dolorosa? Nunca saberemos. Se gritaram, não erraram de todo. O mundo deve muito ao Divino Vagabundo, o Unigênito de Deus.
Soli Deo Gloria

terça-feira, abril 25, 2017

Por Geremias do Couto

CGADB: a falta de transparência


Confesso que discorrer sobre o imbróglio CGADB é desgastante, frustra o coração e machuca a alma por ver a que ponto chegamos em nossa história denominacional. Sofremos incompreensões, desrespeito, ofensas e todo tipo de ataque só por querermos ver o trem nos trilhos da transparência, com toda a lisura que se espera de um processo eleitoral entre cristãos. Gostaria até mesmo de não tocar no assunto, mas não posso, por outro lado, deixar de compartilhar informações pertinentes, ainda que isso me venha custar alguns impropérios.

É sabido de todos que as eleições estão judicializadas. Além das liminares que já estavam em vigor, retirando do Colégio Eleitoral 10.479 inscrições consideradas irregulares, afastando o presidente e o vice-presidente da Comissão Eleitoral e nomeando um interventor para administrar as eleições no dia 9 de abril, duas novas liminares tiveram curso desde então, desacreditando ainda mais o tão já esgarçado processo eleitoral cheio de vícios insanáveis.

Na primeira, deferida no próprio dia da eleição, a juíza plantonista da Comarca de Madureira suspendeu o processo e determinou nova eleição por ter a CGADB descumprido todas as demais liminares, à exceção da que liberou para concorrer a candidatura de José Wellington Junior. Na segunda, proferida dias depois pelo juiz titular da Comarca, manteve-se a decisão cautelar do plantão após ficar claro que até esta foi descumprida "in totum", com o prosseguimento do processo até as 18:00hs, sem a presença do interventor, auditores e candidatos, além do anúncio extraoficial dos supostos resultados, após 22:00hs, acompanhado do respectivo agradecimento do suposto eleito para a presidência. 

O que temos por ora, então, é uma eleição anulada e a expectativa de novas eleições a serem ainda marcadas, conduzidas pelo interventor, sem a presença do presidente e do vice-presidente da Comissão Eleitoral e a retirada das 10.479 inscrições consideradas irregulares, embora saibamos que poderão ser interpostos agravos e, a meu ver, o imbróglio só será definitivamente resolvido quando transitar em julgado no STJ, a não ser que, antes disso, resolva-se pelo caminho da pacificação, o que me parece pouco provável. 

Mas, voltando ao primeiro parágrafo, por que chegamos a este ponto? Não tenho dúvida em resumir num único período para depois explicitar as razões: por culpa exclusiva e unilateral da CGADB, que, de forma arbitrária, ao arrepio da lei, comete uma série de atitudes intempestivas, inapropriadas, irregulares, sem transparência, na obscuridade, que só se explicam pela aparente teimosia da presidência em querer se perpetuar no poder, agora através do próprio filho. Ou por ter trazido a disputa para o campo pessoal contra o candidato da chapa concorrente. Pelo menos é o que se depreende das diferentes falas espalhadas em grupos do WhatZapp.

Mas quais seriam essas razões?

1. Elas já começam antes da AGO de Brasília, em 2013, com processos abertos no Conselho de Ética e Disciplina da CGADB contra os pastores Samuel Câmara, Jônatas Câmara, Ivan Bastos e Sóstenes Apolos (in memoriam), os quais foram conduzidos, desrespeitando-se normas estatutárias e regimentais da CGADB, com o intuito claro de desligá-los do rol de associados da entidade, como ocorreu com os dois primeiros. Convém lembrar que os indícios de vícios insanáveis eram tão explícitos que Samuel Câmara e Ivan Bastos foram reintegrados ao quadro de associados por força de decisão judicial. O processo contra Jônatas Câmara só permaneceu sobre a mesa, sem que ele tenha sido desligado, muito provavelmente pelos efeitos da determinação do Juízo em relação aos dois primeiros. Já no caso do pastor Sóstenes Apolos perdeu-se o objeto por ter sido recolhido antes pelo Senhor.

2. No mesmo período, houve outro embate por ter a CGADB se negado a apresentar a conciliação bancária em relação às inscrições para participar e votar na AGO de Brasília. Havia suspeitas que poderiam muito bem ser esclarecidas, se houvesse tal disposição. Era o famoso jabuti na árvore que lá permanece até hoje ao lado do novo jabuti destas eleições que foi colocado ao lado, isto é, a falta de transparência. Mesmo com decisão judicial e multa que já ultrapassava 10 milhões de reais, ainda assim insistiu a Mesa à época em desobedecer o Juízo e não apresentar de forma alguma a conciliação bancária.

3. Neste ponto entra o acordo celebrado entre as partes, do qual todos se lembram. Mas permitam-me primeiro uma digressão: acordo implica em que não há vencedor nem vencido, mas que ambas as partes fizeram concessões para encontrar um caminho que as satisfaça, ainda que nem todos os pontos sobre a mesa sejam contemplados. Significa também que cumprido o que ficou acertado vira-se a página. Vamos, agora, aos fatos. Os pastores Samuel Câmara, Ivan Bastos e Jônatas Câmara cumpriram o que ficou acordado e desistiram de todas as ações, inclusive a que multava a CGADB já em mais de 10 milhões por não apresentar a conciliação bancária de 2013. Já a entidade só cumpriu em parte. Ela manteve a reintegração dos dois primeiros pastores, com os direitos inerentes de associados, mas não investiu de pleno direito o pastor Ivan Bastos como 10 Tesoureiro, que sequer passa perto da atual estrutura da tesouraria, deixando também de apresentar de forma transparente a conciliação bancária das inscrições atuais para votar nas eleições, que, repita-se, encontram-se judicialmente canceladas.

4. Enfim, chegamos ao que se encontra descrito no primeiro, segundo e terceiro parágrafos, com os seguintes adendos: antes da judicialização, cerca de 10 representações foram encaminhadas à Comissão Eleitoral, questionando a falta de desincompatibilização do candidato da situação, as 10.479 inscrições irregulares, bem como o não cumprimento do acordo em apresentar a conciliação bancária, com farta documentação robusta acatada pelo juízo provisoriamente prevento determinado pelo STJ como prova das arbitrariedades que se seguiram, inclusive no dia da eleição e que poderão continuar, caso haja a posse dos supostos eleitos em detrimento do que determinou a Justiça. Mas o presidente da Comissão Eleitoral, em decisão monocrática, indeferiu todas elas e alegou que não era da competência do órgão acompanhar o acordo firmado.

O que faltou em tudo isso? Transparência! Digamos, por hipótese, que todos os atos da CGADB tenham sido corretos e pautados na lisura que se espera da entidade. Por que, então, não trazer a público de forma espontânea todos os documentos comprobatórios que acabariam de vez com qualquer dúvida? Ora, não é de bom tom fazer na sombra o que pode ser feito diante da luz! Por outro lado, sem falar nas liminares que pipocaram em diversas comarcas do país, estaria o juízo provisoriamente prevento de Madureira tomando decisões em cima de dados inconsistentes? Não acredito!

Houvesse visão de Reino, o Conselho Consultivo já teria sido convocado há muito tempo para "entrar em campo" e pelas vias internas buscar a saída justa para o imbróglio. Mas até o "timing" para isso parece que já passou. O que parece prevalecer é a opinião de assessores que poderão ter os seus interesses prejudicados, caso o "status quo" não permaneça.

Resta-me então dizer: Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

terça-feira, abril 11, 2017

Por Pr Antônio Mesquita. Analise.

CGADB: Equidade, desdobramentos e possibilidades
10 abril 2017 por Pr. Antônio Mesquita
A eleição da CGADB ainda não acabou.  De fato e de direito nem começou, pois estava e permanece sob sentença judicial (sub judice).
Temos um resultado à margem da legalidade e, portanto, da Lei, sem efeito prático ou legal. A liminar que estabeceu o cancelamento da eleição permanece em pleno vigor.
Quando ela for julgada, creio que no bojo da própria ação – o seu núcleo agora é recorrente (o fato dizia respeito à eleição do dia 9) -, entendo que não terá em suas peças a eleição em si, que legal e juridicamente inexiste. Como se diz no meio, ‘O que não está nos autos, não está no mundo’.
Por outro lado, existiu deliberadas desobediências e obstruções à Justiça, agravadas pela execução da eleição:
1) As inscrições fraudulentas foram reinseridas e validadas;
2) O interventor nomeado pela Justiça foi impedido de acesso;
3) A eleição foi mantida, mesmo após cancelamento;
4) Os IPs reduzidos a 5, foram abertos, quase que pontualmente a 1.000! (?);
O segundo fato enumerado acima ocasionou o registro de Boletim de Ocorrência, e ciência ao juiz competente.
Enfim houve má fé e busca unilateral, à revelia, e peitou-se de forma notória a Justiça, como se estivessem acima de tudo e de todos.
PROBABILIDADES
1) A eleição deverá ser considerada nula, e outra convocada pela Justiça, com o devido interventor;
2) A participação de Wellington Júnior, que está sub judice, poderá ser questionada, pois é parte diretamente interessada tanto pessoalmente quanto da CGADB, e sua participação na questão da desobediência é óbvia;
3) Caso Wellington Júnior participe dessa possível eleição, a ser convocada pela Justiça, teríamos o seguinte quadro:
A) Cerca de 21 mil votos válidos, desta vez sem os 10.479 inaptos.
B) Caso todos votem (e não somente 74% como ocorreu), Wellington Júnior ganharia, pois Samuel Câmara teve 8 mil, menos da metade;
C) Mas, mantendo-se os mesmos percentuais ou a proximidade deles, chegando a cerca de 15 mil votos computados, Samuel Câmara venceria com seus 8.141, contra 7.455 de Wellington Júnior.
CANDIDATO PATROCINADO
Nota-se ainda que o patrocínio da CGADB à causa de Wellington Júnior, em meu ponto de vista é ilegal, pois ele não é e nem representa a mesma. Portanto, deveria responsabilizar-se por seus atos e não estar sob a tutela da instituição.
SECULARIZAÇÃO
Mesmo se desconsiderarmos o candidato concorrente direto, não há como, de boa fé e consciência limpa, sem considerar a ética e equidade cristãs, aceitar tal postura incongruente.
Por outro lado, embora fosse desnecessário evocar a dualidade entre o profano e o sagrado, e mostrar-se piegas, fica evidente esse clamor.
NADA DE FÉ, NADA DE GRAÇA…
Não há de se dizer em cristianismo, Biblia,  Fé, Oração etc, o que seria blasfêmia, se nem ao menos nos preocupamos em postarmos acima do terrenal, temporal, e nos revestirmos do celestial!
Não existe Céu Infernal nem tampouco Inferno Celestial; pé em duas canoas; o tão criticado por nós e famigerado Relativismo, e ainda a Contextualização, apetrechos da Teologia Liberal. Temos de seguir ao menos a Teleologia!
Todo esse interesse demonstrado nada tem que ver com a Igreja, edificação do Corpo de Cristo, mas com coisas fisicas, humanas, temporais e poder de barganha, a retratar o abismo que separa o Rico e o Lázaro!
OUTRA POSSIBILIDADE
Por fim, cito o desabafo de um colega: ‘Espera-se um advogado veementemente crédulo no Direito, mas, cá neste país, cuja prática do ‘jeitinho’ é brasileiro, e a corrupção legitimada no profano e no ‘sagrado’, titubear ou coxear, passa a ser tido como ‘cautela, prudência e caldo de galinha’.
A exemplo de teólogos, que na Idade Média discutiam a Bíblia batendo o charuto no cinzeiro, comemorar um vitória assim, com cerveja ou com guaraná não faz a menor diferença!


domingo, abril 09, 2017

Por que o Arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação? – Pr. Ciro Sanches Zibordi

Recebi, há pouco tempo, por meio das redes sociais, o desafio de responder a algumas questões levantadas por um grupo da Internet que se opõe à doutrina bíblica do Arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação. Elas têm um tom contestador e giram, sobretudo, em torno do ensinamento prevalecente no meio pentecostal de que haverá um livramento aos salvos em Cristo antes da manifestação do Anticristo. Depois de ler as perguntas com cuidado, resolvi apresentar-lhes respostas sucintas e objetivas, todas, é claro, fundamentadas nas Escrituras, a Palavra de Deus.
1. “Se o arrebatamento dos vivos é depois da primeira ressurreição, e a primeira ressurreição é depois da grande tribulação, então como ter um arrebatamento antes da grande tribulação?”
Primeiro, para ser mais preciso, o que ocorrerá logo após a ressurreição dos mortos em Cristo é a transformação dos salvos vivos (1 Co 15.52; 1 Ts 4.15), e não o Arrebatamento. Segundo, o Rapto da Igreja, na verdade, abarcará tanto os mortos como os vivos, os quais, juntos, transformados, subirão ao encontro do Senhor, nos ares (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.16,17). Terceiro, o termo “primeira ressurreição” não alude a um momento, e sim a um tipo, a uma modalidade. O termo é uma referência à ressurreição dos salvos em Cristo, em contraposição à “segunda ressurreição”, que é a ressurreição dos perdidos. Quarto, o termo “primeira ressurreição” em Apocalipse 20.4-6 alude aos salvos durante a Grande Tribulação, que “foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem” (v. 4), porque eles, assim como os que ressuscitaram por ocasião do Arrebatamento, fazem parte dessa modalidade de ressurreição (veja a questão 10).
2. “Se a Igreja é um plano de Deus e Israel outro plano de Deus, então por que a Bíblia diz em Romanos 11 que os gentios foram enxertados em Israel? Por que em Efésios 2:14-15 diz que Jesus fez de judeus e gentios um povo só (Igreja)?”
A aliança de Deus com Israel não foi anulada. Isso está claro no próprio texto de Romanos 11, que trata do futuro desse povo eleito de Deus: “o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades” (vv. 25,26). Por isso mesmo, em Apocalipse 12, a mulher vestida do sol, com uma coroa com doze estrelas, representa Israel, e não a Igreja. As doze estrelas são uma alusão clara às doze tribos israelitas. Note: não foi Jesus (o Menino) quem saiu da Igreja para, no futuro, reger o mundo com vara de ferro, e sim a Igreja que dEle saiu (cf. Mt 16.18). Nesse caso, o texto apocalíptico também confirma que a aliança com Israel está de pé, pois ali se menciona o livramento que Deus dará a esse povo durante a Grande Tribulação.
3. “Se vai haver três vindas de Cristo, por que a Bíblia só fala de duas?”
A rigor, não haverá três vindas. A Segunda Vinda é, claramente, um glorioso acontecimento formado por vários eventos, como o Arrebatamento da Igreja, o Tribunal de Cristo, as Bodas do Cordeiro — no Céu, enquanto ocorre a Grande Tribulação, na terra —, a Manifestação do Senhor com a sua Igreja etc. E, se alguém acha estranha uma vinda durar cerca de sete anos, lembre-se de que a primeira vinda do Senhor durou mais de trinta anos! Outrossim, a terceira viagem de Paulo, que estudamos na Escola Dominical como se fosse uma viagem rápida, durou quase três anos e meio!
4. “Se o arrebatamento é antes da grande tribulação, então por que em Mateus 24 Jesus narra a grande tribulação e só depois o arrebatamento?”
Em Mateus 24.3, o Senhor Jesus responde a uma pergunta tripartida de modo igualmente tripartido, e não necessariamente em ordem cronológica. É preciso estudar a passagem em apreço com muito cuidado, em vez de abraçar o simplismo. A resposta do Senhor abrange o período até o ano 70, o período da Segunda Vinda — que, por sua vez, abarca o período do Arrebatamento da Igreja e os sinais indicadores desse evento — e o período do fim do mundo.
5. “Se o arrebatamento é secreto, então por que na parábola das dez virgens tanto as loucas quanto as prudentes veem e ouvem o noivo (Jesus)? E se vai haver segunda chance para os que ficarem, então por que não houve segunda chance para as que ficaram?”
A parábola das dez virgens não é uma analogia do Arrebatamento, exclusivamente; ela abrange o Reino dos céus como um todo (Mt 25.1). Mas é evidente: o crente que vive na prática do pecado e, assim como as virgens loucas, estiver desapercebido por ocasião do Rapto vai ficar do lado de fora e não participará das Bodas do Cordeiro. Na aludida parábola, o Senhor deixa claro que a Segunda Vinda é iminente (v. 13), mostrando que devemos estar prontos para o Arrebatamento da Igreja, que dará início a uma série de eventos escatológicos. Quanto à possibilidade de salvação após o Arrebatamento, o livro de Apocalipse trata disso com muita clareza. Mas é preciso estudar esse livro (veja especialmente as seguintes passagens 6.9-11 e 7.13,14), e não apenas dizer, de modo simplista, que ele é difícil, linear ou extremamente simbólico.
6. “Se o arrebatamento é antes da grande tribulação, então por que Paulo diz em 1 Co. 15:51 e 52 que o arrebatamento vai ser mediante a última trombeta?”
A última trombeta de Deus, mencionada em 1 Coríntios 15.51,52 e 1 Tessalonicenses 4.16,17, nada tem que ver com a última trombeta de juízo por ocasião da Grande Tribulação. A última trombeta a ser tocada no Arrebatamento é chamada assim porque ao longo da Bíblia mencionam-se várias ocasiões em que Deus convocou seu povo por meio de trombetas. A primeira trombeta de Deus, possivelmente, está em Êxodo 19.16-19. A trombeta do Arrebatamento é a última de Deus. A de juízo é a última de uma série de sete, tocada por um anjo (Ap 11.15-19). Ou seja, são coisas completamente diferentes.
7. “Se a vinda de Cristo pode se dar a qualquer momento (iminentemente), por que em Marcos cap. 13 Cristo diz que a segunda vinda dEle seria depois que sucedesse todos os sinais, inclusive a grande tribulação?”
O Arrebatamento da Igreja, que — sem dúvida — é iminente, dará início a uma série de acontecimentos escatológicos, os quais culminarão com a prisão de Satanás, último evento antes da instauração do Milênio (Ap 19.11-21; 20.1-6). Mais uma vez: é preciso estudar a Bíblia, tendo em vista que ela é análoga. Em Lucas 21.36 e nas passagens correlatas de Mateus 24 e Marcos 13, o próprio Senhor Jesus mostra que a Segunda Vinda, um livramento para a Igreja antes da Grande Tribulação, será iminente. Portanto, quando Ele disse, em Marcos 13.24-31, que virá “depois daquela aflição”, em que “o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz”, referiu-se claramente à sua Manifestação em grande glória, e não ao Arrebatamento.
8. “Se a Igreja tem que ser tirada para o anticristo se manifestar, então por que em 1 Tessalonicenses 2 Paulo fala que nossa reunião com Ele é depois da manifestação do anticristo?”
O texto aludido, na verdade, é 2 Tessalonicenses 2. Aqui, a Palavra de Deus mostra que o Anticristo só se manifestará quando o povo de Deus for tirado da terra (vv. 6-8). Quando Paulo passa da revelação do Iníquo para a sua destruição, isso não quer dizer que ambas as coisas acontecerão no mesmo instante. Há sete anos entre uma coisa e outra! Quanto à menção à reunião, no versículo 1, Paulo estava retomando de modo resumido o que já estava falando com os crentes de Tessalônica, os quais já tinham recebido um detalhado ensinamento sobre o Arrebatamento. Ou seja, a primeira epístola precisa ser levada em consideração como contexto para a segunda. E, em 1 Tessalonicenses 5.2-9, o apóstolo Paulo deixou claro que os filhos da luz não experimentarão os juízos da ira de Deus, isto é, não passarão pela Grande Tribulação: “vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite. Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão; porque vós sois filhos da luz e filhos do dia; […] nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, […] Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”.
9. “Se todos seremos transformados num momento, num abrir e fechar de olhos, como será possível que permaneçam escolhidos ou santos para serem transformados depois, no final da tribulação?”
De acordo com Apocalipse, os santos que serão transformados, após sua ressureição, antes do Milênio, são os mártires que não aceitarão o senhorio da Besta, e não a Igreja arrebatada, que já estará no Céu (cf. 4-6; 19). O “todos” de 1 Coríntios 15.51,52 alude a todos os salvos vivos e a todos os mortos em Cristo. Segundo 1 Tessalonicenses 4.16,17, ambos os grupos irão ao encontro do Senhor nos ares.
10. “O que acontecerá com os crentes que morrerem durante este período de tribulação? E então, com os vivos, o que se passará? Sendo que a Bíblia fala de um único arrebatamento e não de dois, e de ‘uma só ressurreição (para vida)’ (Apocalipse 20:5), não de duas; e esta ressurreição acontecerá no ‘ultimo dia’ (João 6:39; 40; 44; 54)”.
Como já vimos, há duas modalidades de ressurreição (Dn 12.2; Jo 5.28,29). É necessário estudar a doutrina das ressurreições com todo o cuidado — contando com a ajuda do Espírito Santo —, a fim de entender que as expressões “primeira ressurreição” e “segunda ressurreição” não designam momentos específicos, e sim tipos ou modalidades de ressurreição. A primeira ressurreição, a da vida, não ocorrerá apenas no Arrebatamento. Ela abarca várias etapas, como se lê em 1 Coríntios 15.20,23; Mateus 27.52,23; 1 Tessalonicenses 4.16; Ap 11.11 etc.. Os mortos em Cristo durante a Grande Tribulação que ressuscitarão antes do Milênio também fazem parte da primeira ressurreição. Os outros mortos, os ímpios, que fazem parte da segunda ressurreição, a da condenação, só ressuscitarão após os mil anos (Ap 20.4-16).
Ciro Sanches Zibordi Fonte:cpadnews

Conforme o Blog do Pastor Alexandre Junior......


Aberto sistema on-line para eleição dos membros da Mesa Diretora e do Conselho Fiscal da CGADB

Evolução do número total de ministros que já votaram pode ser acompanhada em tempo real


O presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), pastor José Wellington Bezerra da Costa oficializou a abertura da 43ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) da entidade, agendada para este dia 9 de abril, em vídeo publicado no site oficial, no endereço eletrônico www.cgadb.org.br.
Em Brasília (DF), após um exaustivo dia de trabalho da Comissão Eleitoral da CGADB, ontem (8), juntamente com representantes da empresa Scytl do Brasil, do auditor da empresa The Perfect Link e dos auditores representantes dos candidatos a presidentes da CGADB, às 00h00 foi aberto o sistema para os ministros votarem nos candidatos escolhidos. Os trabalhos também tiveram o acompanhamento direto da Comissão Jurídica da CGADB, na pessoa de seu presidente, pastor Abiezer Apolinário.
Para oficializar a abertura do processo, os representantes assinaram um documento chamado de Zerésima (relatório que traz identificação do sistema e comprova que nele estão registrados todos os candidatos participantes e que nenhum deles ainda tem voto computado).
Para acompanhamento em tempo real da evolução do número total de eleitores que já votaram, o internauta pode acessar o link https://cgadbeelectionprodstg.blob.core.windows.net/site/monitor.html. Na primeira uma hora e meia, mais de 4,3 mil pastores haviam registrado seus votos.

SÁBADO, 8 DE ABRIL DE 2017

Eleição deste domingo marca abertura da 43ª AGO da CGADB

em 2 horas mais de 4,5 mil votos já foram registrados


Começou as 00h deste domingo, 09 de abril de 2017 com o inicio das eleições a 43ª Assembleia Geral Ordinária (AGO), da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). Conforme publicado no edital, o período de votação é considerado a primeira sessão desta histórica AGO.

Mais de 30 mil Ministros, pastores e evangelistas se inscreveram e devem votar até as 18h deste domingo via sistema online. Até 2013 os pastores de todo Brasil tinham que viajar para um lugar escolhido pela Mesa Diretora para consignar o seu voto, após a reforma do estatuto em Janeiro de 2016, ficou aprovado que a eleição deve se realizar à partir de então de forma online, basta o ministro ter a sua disposição um computador ou celular e acesso a internet.

A eleição acontece através do site exclusivo www.eleicoescgadb.org.br, e pelas redes sociais já se pode observar que os inscritos estão votando de forma muito rápida; o sistema é considerado fácil, apesar de ser novidade.  Com apenas 2 horas do início da votação, já foram computados segundo o sistema de apuração, mais de 4,8 mil votos.

Estima-se que as 18:30h o resultado final já tenha sido publicado. Fique atento pois estaremos divulgando informações sobre o pleito assim que disponibilizadas de forma oficial.

Confira abaixo o vídeo com a palavra do presidente, pastor José Wellington Bezerra da Costa abrindo a sessão.



sábado, abril 08, 2017

A carta de Vingren
Prezados irmãos da Assembleia de Deus
A paz do Senhor!
Sinto enorme alegria em me comunicar com vocês tantos anos depois de nossa chegada ao Brasil. Sempre gostei da palavra escrita, não à toa investimos, eu e minha esposa, tempo e dinheiro na criação de periódicos. Chegaria a qualquer pessoa, em qualquer lugar. E poderiam ler e reler e repassar a outros… E olha que meu português ainda estava se acomodando.
A igreja que fundamos, eu e o Berg, cresceu. É palpável, todo mundo quer agora ser assembleiano. Nos primeiros anos era somente bordoada. Da Igreja Católica, das igrejas tradicionais. Quase nenhum político nos acolheu. Nunca os procuramos, a não ser em demandas institucionais. Ouço dizer que agora estão por toda parte. E até assentam em nossos púlpitos. É um comportamento reprovável. Alegrias e tristezas, parece não ser possível ter tudo ao mesmo tempo…
Recebo algumas outras notícias tristes. Dizem, por exemplo, que o cântico congregacional foi substituído pelos orgãos. Era natural que os irmãos se ajuntassem… o que não é normal é tomarem o tempo da Igreja. Alguns me informam que um ou outro irmão canta sozinho ao microfone, enquanto os outros esperam calados, olhando pros lados. Quem entende? É grupo ou cantor? E o repertório? Dizem que a temática não é muito boa.
Outros me dizem que há uma departamentalização exagerada. Só falta o cara-crachá para entrar nas reuniões. Esses grupos são ótimos para a divisão do trabalho, mas com o tempo se criam nichos, onde ninguém mete a mão. Crescem e querem se apoderar do tempo e das energias dos demais. Acabam sobrepondo as atividades e se desentendendo. Sei não…
Fico abismado ao ler que não alcançaram plenamente o Sertão. Cem anos depois!? Andei muito pelo interior do País a cavalo ou a pé e sempre o Senhor abriu portas por todos os lados. O que há? Parece estar faltando oração e engajamento. Dinheiro, dizem, está sobrando. Compraram TVs e rádios, os carros são os melhores, tem até gente com avião! Por favor, amados, não esqueçam do Sertão! Sei que lá não tem muita riqueza, mas que valor daria para comprar uma alma?
Minha cabeça sueca está particularmente preocupada com os rumos que a igreja tem tomado, parecendo cada dia mais com as instituições europeias. Muita discussão, muita reunião e pouca coisa prática. Acabei de receber um telefonema informando os rumos da última AGO, em Fortaleza… Eu nunca quis uma Convenção Geral, sabia que ia dar nisso. Poder, poder, poder. Quando cansam do cardápio, bravata. Que coisa triste. Pessoas estão se perdendo, o Brasil está mergulhado na idolatria e nos vícios e os pastores discutindo quem fica com um naco maior de poder? Não foi isso que ensinei. É a receita certa para a derrocada.
Quando quiseram o controle do trabalho em Natal, em 1930, eu não me opus. Entreguei templos, membros, haveres e fui para minha amada Suécia. Deixei tudo para trás e não fiquei influindo nesta ou naquela decisão ou exigindo reparações. Penso que a Igreja não pertence a ninguém. Essa ânsia está cegando a denominação.
De Norte a Sul leio relatos de verdadeiras oligarquias, nas quais manda um grupo pequeno e restrito. Esse grupo catalisa as decisões e desbanca pessoas competentes e espirituais. Mas esse é dos problemas menores que me contam…
Me falam de desvios jogados debaixo do tapete, brigas por templos, pavoneamento, gastos excessivos à custa de ofertas e desperdício de energia mental e tempo. A Assembleia de Deus é grande mas não é indispensável. Cuidemos de voltar aos marcos antigos enquanto é tempo.
Envio-lhes uma foto da família. Por favor, não joguem fora nosso trabalho!
Missionário Pr Gunnar Vingren

sexta-feira, abril 07, 2017



quinta-feira, 6 de abril de 2017


Assembleias de Deus, Império em Ruínas ?

Pr Eduardo Silva....UMA VOZ ,UM ATALAIA, FALANDO A VERDADE.


Mc 03.24 E, se um reino se dividir contra si mesmo
tal reino não pode subsistir;



QUEM FOMOS  As Assembleias de Deus Brasileiras já foram consideradas e devem ser ainda, o maior movimento pentecostal do mundo. Fundada em 1910 pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunar Vingren que bravamente enfrentaram todo tipo de adversidades à época, assim como os primeiros líderes por eles formados, foram com o decorrer dos tempos, perdendo a essência, saindo do rumo original, dos propósitos com os quais seus idealizadores sonharam, nos reduzindo a essa imensa "colcha de retalhos" que  nos tornamos infelizmente. Considerando que Deus não trabalha com a nossa visão – de quantidade em primeiro plano, crescemos em números e nos encolhemos em qualidade, deixando de ser o que éramos, esquecendo o primeiro amor, a prática das boas obras, nos distanciando do remanescente.



A bem da verdade e sem a intenção de desvalorizar o trabalho dos nossos pioneiros, é bom ressaltar que o primeiro rompimento, racha ou divisão de nossa história, foi protagonizado pelos fundadores, quandosaíram da igreja à qual pertenciam – eram Batistas até então, e fundaram as Assembleias de Deus no Brasil.  Por divergências doutrinárias, assim procederam, sem querer entrar no mérito da questão, mas, ali, convenhamos, uma brecha foi aberta, que veio a se transformar numa cratera de conseqüências danosas tempos depois, virando uma prática costumeira entre nósNossa história não deve ser contada sem este registro, que aliás, nenhum livro nosso faz citação.

A obra cresceu e se estabeleceu num ritmo impressionante, através de homens simples, muitos dos quais com pouco ou nenhum preparo adequado, mas, cheios do espírito santo, esforçados, acreditando num sonho, que deram suas vidas em prol do engrandecimento do Reino de Deus, numa época de muito Sacrifício e falta de tudo. Sou da 2ª metade dessa história – nasci em 1955, e desde então nessa denominação, acompanhando todas as transformações pelas quais passamos

Apesar do crescimento meteórico, a igreja manteve de certa forma, o seu padrão e a sua proposta doutrinária, cujos pilares eram a oração, o evangelismo, o estudo da palavra, e principalmente a busca da manifestação dos dons do espírito, marca pentecostal que nos diferenciaram das demais denominações.

QUEM SOMOS  A explosão de crescimento como era previsível, trouxe-nos prós e contras. A igreja das últimas décadas, trocou todo aquele inicio fulgurante, toda pujança, luta e suor sincero, por coisas menores, como interesses pessoais em se apegar ao poder sem dele abrir mão de jeito nenhum. A visão de Reino de Deus, foi substituída pela visão de empreendimentos comerciais, negócios lucrativos, e passamos a viver a filosofia do “quanto maior, melhor pra mim”. Passou-se a correr atrás de pessoas que melhorassem as finanças da igreja, números, faturamentos.

Nem preciso registrar que tais mudanças afastaram de nós :

1)  Os batismos com o espírito santo,
2)  As manifestações de Deus operando milagres em nosso meio, e
3) A salvação de almas pelo poder do evangelho, dentre outros ganhos conquistados com lágrimas. 

Fomos aos poucos nos descaracterizando, perdendo a marca que o mundo via em nós, deixando de fazer a diferença, e passando a ser mais um na multidãoEra o Império em Ruínas, as bases ficando comprometidas e toda a estrutura sinalizando que algo não estava bem. Quem não se lembra do rompimento das Assembleias de Deus no início dos anos 80, com a Madureira ?, uma história nunca contada em sua verdade cristalina, cuja versão mais plausível, discutida e comentada até ‘hoje, a de que não havia espaço para dois líderes ambiciosos num mesmo trono em tempo real  Pastores José Wellington Bezerra da Costa e Manoel Ferreira, este último hoje bispo daquela igreja. Dali em diante, divisões e divisões nunca mais nos deixaram em paz, numa velocidade nunca antes vista. 

Foi-nos dito naquela ocasião, que aquela cisão se deveu ao fato de “precisarmos manter a sã doutrina, coisas assim”. Daquela época para cá, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, que já era presidente da AD Ministério do Belém em São Paulo capital e em todo o estado, e presidente também da CONFRADESP-Convenção Fraternal das Assembléias de Deus no Estado de São Paulo, assumiu a CGADB, onde permaneceu até hoje, através de sucessivas eleições, muitas das quais exaustivamente questionadas.

Não vou nem devo entrar no mérito de suas gestões, que já ultrapassam 3 décadas. Penso que houveram ganhos e perdas. Hoje, vivemos os dias que antecedem novas eleições para a CGADB – 09 de abril próximo, e após todos esses anos no comando dessa instituição, finalmente o patriarca está saindo, porém, apresentando um filho para ficar em seu lugar.

Ora, não poderia ser nenhum outro dos quase 100 mil pastores brasileiros dessa instituição, tinha que continuar tudo em família, ninguém que não seja do clã Wellington tem capacidade para tanto ? É a pergunta que eu e muita gente se faz. Chega a ser um acinte, um desrespeito tamanha pretensão, e o pior, com chance real de emplacar o filho. Bom registrar que aqui não vai nenhuma crítica pessoal nem ao pai, nem ao filho, e sim, ao modelo NEPOTIVISTA e imperial que tomou conta de nossa denominação, contribuindo de certa forma, para estarmos como estamos – mais fragmentados que areia da praia.

Essas eleições de domingo próximo estão sendo judicializadas, recheadas de ações e liminares – falasse em quase 30. Acusações as mais diversas e desonrosas ao evangelho do Senhor Jesus, e troca de farpas de lado a lado. Não há nenhum inocente nesta história, nenhum santo, todos tem culpa no cartório de certa forma, e as conseqüências são para a igreja do Senhor, sem dúvida. Todas as convenções tem sido marcadas por coisas terríveis, e certamente Deus – que nunca este nisto, continua muito longe.

O candidato da situação é o Pastor José Wellington Bezerra da Costa Júnior, presidente da Assembleia de Deus ministério do Belém em Guarulhos-SP, e presidente do Conselho Administrativo da CPAD-Casa Publicadora das Assembleias de Deus no Brasil.

O seu opositor é o Pastor Samuel Câmara, presidente da Assembléia de Deus Igreja mãe em Belém-PA. e ex vice presidente da CGADB. Pela primeira vez as eleições serão informatizadas – os quase 100 mil pastores votarão sem a necessidade de sair de casa.

QUEM SEREMOS  Nessa derrocada e falta de rumo, a nossa denominação não é nem a sombra do que já foi, apesar de ter se tornado a maior igreja do país ao longo desses anos. Transformou-se numa imensa Colcha de Retalhos, um amontoado de Convenções e Estaduais divididas, com líderes que não se cumprimentam, mas, pregam o amor ao rebanho, mesmo que eles não falem a mesma língua. Há uma situação assim em Pernambuco, de conhecimento público e notório. É hipocrisia demais para vida cristã de menos, homens amantes de si mesmos, como a palavra diz. A grande preocupação de muitos conservadores, uma ala que defende a volta às boas práticas, mas que tem perdido espaço por conta da avalanche desses garotos fabricados pastoresé quanto ao legado que essas lideranças de hoje estão escrevendo às gerações vindouras. O que será dessa igreja, se Jesus não voltar logo ?

Não foi este o evangelho da IGREJA PRIMITIVA, pregado pelos apóstolos, o discurso que vitimou tantos mártires, a pregação da fé que motivou o povo cristão àquela dura e sangrenta época, a ser jogado nas arenas de Roma, para saciar leões famintos sem negar a sua fé.Perderam suas vidas e ganharam os céus. Aquela igreja, assim como a igreja que nos dias atuais tem sido torturada pelo Estado Islâmico em tantos países – sem que nos preocupemos com isto, de fato tem levantado a bandeira ensangüentada da Cruz de Cristo.

Não se ouve sequer, um pedido de orações por nossos irmãos de lá, mas temos que ouvir PEDIDOS DE DINHEIRO E DINHEIRO PARA TUDO, inclusive para aumentar o patrimônio de muitos deles, talvez. Muitas das igrejas e grandes ministérios de hoje, não resistiriam a uma CPI MEIA BOCA. Se o ministério público resolver levantar as finanças de muitas delas, provavelmente complicará a vida de muita gente. Que Deus tenha misericórdia de sua Igreja. Ninguém está acima da obra de Deus, ninguém tripudiar sobre a igreja e ficar impune. Deus não se permitirá escarnecer.

RESPONDENDO A QUATRO PERGUNTAS BÁSICAS
SOBRE AS ELEIÇÕES DESTE DOMINGO :

1.1  Sobre a perpetuação no poder de Pastores de Grandes campos, ministérios, convenções estaduais e Convenção Geral.

O modelo Assembleiano é o mais retrógrado que se pratica nos meios evangélicos no Brasil, onde nem o corpo ministerial, o presbitério, obreiros e muito menos a igreja, são consultados sobre a permanência ou substituição de seu pastor. Muitas vezes a igreja está feliz com o seu líder, ele é amado por todos e está desenvolvendo um grande trabalho, mas, por razões que não são explicadas a ninguém, ele é subitamente trocado do dia para a noite, às vezes para satisfazer “interesses outros” – um queridinho precisa vir para o seu lugar. Este é o estranho e autoritário procedimento assembleiano. É o modelo da força, da imposição, do autoritarismo.

Por outro lado, há os casos de pastores que ficam anos e anos na mesma igreja, passam do tempo, cansam o rebanho, entram na caduquice, mas, ficam ali, insistindo com uma chamada que o tempo já disse que acabou. Esses casos se repetem com anciãos que fizeram história em determinadas igreja, e, por conta disto, precisam ser recompensados ali, no trono até morrer. Muito mais fácil jubilá-lo de forma respeitosa e descente, preservando a igreja de tanto sacrifício.

1.2  Nepotismo em nosso Meio.

Uma prática que tomou conta de nossa denominação de forma VERGONHOSA, ANTI BÍBLICA e IMORAL até. A obra de Deus se transformou em objeto de interesse familiar de determinadas familias. Transformaram a casa de Deus em dinastia, capitania hereditária. Infelizmente, campos interessantes só são passados para os filhos de quem lá está liderando há décadas. A maioria desses pastores forma uma base de sustentação, trabalha os seus aliados como se faz na política mundana, fazem alianças e costuras as mais espúrias possíveis as vezes, e assim, transferem a igreja para o filho ou genro ou quem eles quiseram à revelia, sob a tese de que esta é a vontade de Deus, e claro, com o respaldo do grupelho que ele formou já com esta maquiavélica intenção.

Por outro lado, muitas vezes esse procedimento acontece contra a vontade da igreja e dos obreiros, à força, o que tem provocado escandalosos e rachas todos os dias, nessa já descolorida COLCHA DE RETALHOS que nos transformaram.

1.3  Política mundana no altar de Deus.

O processo de eleições de presidentes estaduais e nacional, é algo parecido com a política do mundo, onde se negociam cargos, igrejas, candidaturas a cargos eletivos, etc. Acompanhei no nordeste, um caso de um pastor amigo meu, que disse – e assim foi, ter aberto mão de ser candidato a presidência da igreja da capital naquele estado, para ser apresentado por quem ele apoiava, a deputado Federal, tão logo o seu amigo fosse eleito e Assim foi. O amigo assumiu a igreja e fez dele um deputado federal. Isto me foi contado por ele, pessoalmente à época. Nem acreditei no que estava ouvindo, mas os fatos comprovaram tudo dias depois. Essa sem vergonheza pode, é legal, a bíblia deles aprova e suas teses também. Não sei no dia do juízo final – é com o Senhor.

Campanhas para presidentes de grandes campos são iguais a política cotidiana, com denuncias de corrupção, abuso de poder econômico, derrame de dinheiro, compra de votos, dentre outras, tudo isso na casa de Deus. Sem contar as consagrações de obreiros que eles fazem às vésperas desses eventos, no varejo e no atacado. Consagram qualquer pessoa que se comprometa a votar neles. É um nojo o que estão fazendo com o santo evangelho de Jesus no Brasil,  em tempos de campanhas eleitorais, daí a expressão : “DEUS CRIOU A SUA IGREJA, E O DIABO AS CONVENÇÕES”. Tudo isto sem contar no palanque eleitoral que a igreja se transforma, em campanhas políticas mundanas, com gente de toda espécie invadindo o altar de Deus, pregando, lendo a bíblia, se dizendo servo de Deus, amigo do pastor, um quase crente, para pedir votos, com o aval desse desastrado e irresponsável líder. Tô falando de coisas que acontecem nas Assembleias de Deus brasileiras.

1.4  Qual o melhor dos candidatos a presidente da CGADB neste pleito.

Uma boa pergunta. São três os candidatos : Pr José Wellington Jr de São Paulo-SP, Pr Samuel Câmara de Belém-PA, e Pr Cícero Tardin de Alto Piquiri-PR, esse a meu ver, um coadjuvante sem a menor chance de vitória, correndo por fora, mero figurante.

SOBRE OS CANDIDADOS – PRÓS E CONTRAS



Pr José Wellington Jr  Tem a seu favor, o fato de ser vice presidente do pai na igreja sede, presidente no setor de Guarulhos-SP, presidente do Conselheiro Administrativo da CPAD, e ter sido indicado pelo pai, que tem feito campanha aberta para ele, com o peso e prestígio do seu nome. 

Tem contra si o fato de ser uma pessoa de pouca comunicação, de estilo recatado, não dado a muita conversa, nunca ter liderado um grande número de pastores – exceto em Guarulhos, não ser um exímio orador, e pouco se pronunciar em debates, o que faz parte do seu temperamento.



Pr Samuel Câmara - Tem a seu favor, o fato de ter sido vice presidente do Pr Alcebíades Pereira Vasconcelos em Manaus-AM, um dos maiores, cultos e influentes pastores de nossa denominação, é presidente da AD em Belém-PA, igreja mãe, é fluente orador, e se apresenta como a renovação, o novo, o diferente e anti nepotista. 

Tem contra si o fato de ser pouco político, passando a impressão de que teria dificuldades em lidar com líderes, tem dificuldade em manter o equilíbrio quando confrontado, não costuma ouvir conselhos e orientações de ninguém - dizem alguns auxiliares seus, e via de regra, age por seus impulsivos instintos, sem pensar nas conseqüências do que fala.



Pr Cícero Tardin  Não sei muito sobre ele, apenas que disputou a presidência da Convenção das Assembleias de Deus no Parará nas últimas eleições, perdeu para o Pastor Perci Fontoura, e se diz candidato a tudo que surgir – palavras dele. Em seu estado é conhecido, fora nem tanto, seria uma incógnita, pouco ou nada se conhece do seu perfil. Corre por fora, como se diz.

COMO SERÁ O MEU VOTO, POSSO DIZER ?

BOM MEU VOTO É PARA NENHUM DELES. Respeito os dois, mas, esse modelo de evangelho foge a todos os princípios cristãos. A meu ver, Deus está anos luz distante de tudo isto, certamente muito irado com o que fizeram de sua igreja. Não consigo associar isto a algo de Deus. Como não posso votar nos dois candidatos, não votarei em nenhum deles.

Tenho ou sempre tive trânsito livre nos dois lados. Fui pastor nos EUA de 2002 a 2008, trabalhando com a CONFRADEB USA-Convenção Fraternal das Assembléias de no Brasil, USA, na liderança doPr Joel Costa Freire, filho do Pr José Wellington Bezerra da Costa, e em minha volta ao Brasil, de 2011 a 2013, me filiei a CIMADB-Convenção da Igreja Mãe das Assembleias de Deus no Brasil, com o Pr Samuel Câmara, deixando por onde passei história limpa, portas abertas e muitos  amigos

Converso com muitos amigos, 
a maioria não quer ou não pode mostrar a cara, faz parte e respeito. Eu sempre falei o que penso,mostrando o lado que defendo, acredito e estou. Não me fixo nesse negócio de que posso ficar mal com este ou aquele. Vivo do meu trabalho e quem cuida de mim é o Senhor. Há coisas que não se deve vender : A dignidade, a honra, e o caráter. Jamais diria que estou sem estar, é um posicionamento muito pequeno. Quando fui do Belém nos EUA, fui de corpo e alma. Quando estive na CIMADB, o fiz de coração. Agora sou apenas a igreja do Senhor e nada mais que isto.

Lembre-se, o seu voto deve ser exercido com consciência, e nunca por influência de ninguém. Exercite o seu direito de votar livremente, em quem você desejar.

PENSE NISTO E EXERÇA O SEU DIREITO DE ESCOLHA em sua total plenitude. Seja quem for eleito, que Deus nos proporcione dias melhores, tempos de paz, menos sombrios e mais, muito mais promissores, é o nosso sincero desejo.


quinta-feira, 6 de abril de 2017


Assembleias de Deus, Império em Ruínas ?




Mc 03.24 E, se um reino se dividir contra si mesmo
tal reino não pode subsistir;



QUEM FOMOS  As Assembleias de Deus Brasileiras já foram consideradas e devem ser ainda, o maior movimento pentecostal do mundo. Fundada em 1910 pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunar Vingren que bravamente enfrentaram todo tipo de adversidades à época, assim como os primeiros líderes por eles formados, foram com o decorrer dos tempos, perdendo a essência, saindo do rumo original, dos propósitos com os quais seus idealizadores sonharam, nos reduzindo a essa imensa "colcha de retalhos" que  nos tornamos infelizmente. Considerando que Deus não trabalha com a nossa visão – de quantidade em primeiro plano, crescemos em números e nos encolhemos em qualidade, deixando de ser o que éramos, esquecendo o primeiro amor, a prática das boas obras, nos distanciando do remanescente.



A bem da verdade e sem a intenção de desvalorizar o trabalho dos nossos pioneiros, é bom ressaltar que o primeiro rompimento, racha ou divisão de nossa história, foi protagonizado pelos fundadores, quandosaíram da igreja à qual pertenciam – eram Batistas até então, e fundaram as Assembleias de Deus no Brasil.  Por divergências doutrinárias, assim procederam, sem querer entrar no mérito da questão, mas, ali, convenhamos, uma brecha foi aberta, que veio a se transformar numa cratera de conseqüências danosas tempos depois, virando uma prática costumeira entre nósNossa história não deve ser contada sem este registro, que aliás, nenhum livro nosso faz citação.

A obra cresceu e se estabeleceu num ritmo impressionante, através de homens simples, muitos dos quais com pouco ou nenhum preparo adequado, mas, cheios do espírito santo, esforçados, acreditando num sonho, que deram suas vidas em prol do engrandecimento do Reino de Deus, numa época de muito Sacrifício e falta de tudo. Sou da 2ª metade dessa história – nasci em 1955, e desde então nessa denominação, acompanhando todas as transformações pelas quais passamos

Apesar do crescimento meteórico, a igreja manteve de certa forma, o seu padrão e a sua proposta doutrinária, cujos pilares eram a oração, o evangelismo, o estudo da palavra, e principalmente a busca da manifestação dos dons do espírito, marca pentecostal que nos diferenciaram das demais denominações.

QUEM SOMOS  A explosão de crescimento como era previsível, trouxe-nos prós e contras. A igreja das últimas décadas, trocou todo aquele inicio fulgurante, toda pujança, luta e suor sincero, por coisas menores, como interesses pessoais em se apegar ao poder sem dele abrir mão de jeito nenhum. A visão de Reino de Deus, foi substituída pela visão de empreendimentos comerciais, negócios lucrativos, e passamos a viver a filosofia do “quanto maior, melhor pra mim”. Passou-se a correr atrás de pessoas que melhorassem as finanças da igreja, números, faturamentos.

Nem preciso registrar que tais mudanças afastaram de nós :

1)  Os batismos com o espírito santo,
2)  As manifestações de Deus operando milagres em nosso meio, e
3) A salvação de almas pelo poder do evangelho, dentre outros ganhos conquistados com lágrimas. 

Fomos aos poucos nos descaracterizando, perdendo a marca que o mundo via em nós, deixando de fazer a diferença, e passando a ser mais um na multidãoEra o Império em Ruínas, as bases ficando comprometidas e toda a estrutura sinalizando que algo não estava bem. Quem não se lembra do rompimento das Assembleias de Deus no início dos anos 80, com a Madureira ?, uma história nunca contada em sua verdade cristalina, cuja versão mais plausível, discutida e comentada até ‘hoje, a de que não havia espaço para dois líderes ambiciosos num mesmo trono em tempo real  Pastores José Wellington Bezerra da Costa e Manoel Ferreira, este último hoje bispo daquela igreja. Dali em diante, divisões e divisões nunca mais nos deixaram em paz, numa velocidade nunca antes vista. 

Foi-nos dito naquela ocasião, que aquela cisão se deveu ao fato de “precisarmos manter a sã doutrina, coisas assim”. Daquela época para cá, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, que já era presidente da AD Ministério do Belém em São Paulo capital e em todo o estado, e presidente também da CONFRADESP-Convenção Fraternal das Assembléias de Deus no Estado de São Paulo, assumiu a CGADB, onde permaneceu até hoje, através de sucessivas eleições, muitas das quais exaustivamente questionadas.

Não vou nem devo entrar no mérito de suas gestões, que já ultrapassam 3 décadas. Penso que houveram ganhos e perdas. Hoje, vivemos os dias que antecedem novas eleições para a CGADB – 09 de abril próximo, e após todos esses anos no comando dessa instituição, finalmente o patriarca está saindo, porém, apresentando um filho para ficar em seu lugar.

Ora, não poderia ser nenhum outro dos quase 100 mil pastores brasileiros dessa instituição, tinha que continuar tudo em família, ninguém que não seja do clã Wellington tem capacidade para tanto ? É a pergunta que eu e muita gente se faz. Chega a ser um acinte, um desrespeito tamanha pretensão, e o pior, com chance real de emplacar o filho. Bom registrar que aqui não vai nenhuma crítica pessoal nem ao pai, nem ao filho, e sim, ao modelo NEPOTIVISTA e imperial que tomou conta de nossa denominação, contribuindo de certa forma, para estarmos como estamos – mais fragmentados que areia da praia.

Essas eleições de domingo próximo estão sendo judicializadas, recheadas de ações e liminares – falasse em quase 30. Acusações as mais diversas e desonrosas ao evangelho do Senhor Jesus, e troca de farpas de lado a lado. Não há nenhum inocente nesta história, nenhum santo, todos tem culpa no cartório de certa forma, e as conseqüências são para a igreja do Senhor, sem dúvida. Todas as convenções tem sido marcadas por coisas terríveis, e certamente Deus – que nunca este nisto, continua muito longe.

O candidato da situação é o Pastor José Wellington Bezerra da Costa Júnior, presidente da Assembleia de Deus ministério do Belém em Guarulhos-SP, e presidente do Conselho Administrativo da CPAD-Casa Publicadora das Assembleias de Deus no Brasil.

O seu opositor é o Pastor Samuel Câmara, presidente da Assembléia de Deus Igreja mãe em Belém-PA. e ex vice presidente da CGADB. Pela primeira vez as eleições serão informatizadas – os quase 100 mil pastores votarão sem a necessidade de sair de casa.

QUEM SEREMOS  Nessa derrocada e falta de rumo, a nossa denominação não é nem a sombra do que já foi, apesar de ter se tornado a maior igreja do país ao longo desses anos. Transformou-se numa imensa Colcha de Retalhos, um amontoado de Convenções e Estaduais divididas, com líderes que não se cumprimentam, mas, pregam o amor ao rebanho, mesmo que eles não falem a mesma língua. Há uma situação assim em Pernambuco, de conhecimento público e notório. É hipocrisia demais para vida cristã de menos, homens amantes de si mesmos, como a palavra diz. A grande preocupação de muitos conservadores, uma ala que defende a volta às boas práticas, mas que tem perdido espaço por conta da avalanche desses garotos fabricados pastoresé quanto ao legado que essas lideranças de hoje estão escrevendo às gerações vindouras. O que será dessa igreja, se Jesus não voltar logo ?

Não foi este o evangelho da IGREJA PRIMITIVA, pregado pelos apóstolos, o discurso que vitimou tantos mártires, a pregação da fé que motivou o povo cristão àquela dura e sangrenta época, a ser jogado nas arenas de Roma, para saciar leões famintos sem negar a sua fé.Perderam suas vidas e ganharam os céus. Aquela igreja, assim como a igreja que nos dias atuais tem sido torturada pelo Estado Islâmico em tantos países – sem que nos preocupemos com isto, de fato tem levantado a bandeira ensangüentada da Cruz de Cristo.

Não se ouve sequer, um pedido de orações por nossos irmãos de lá, mas temos que ouvir PEDIDOS DE DINHEIRO E DINHEIRO PARA TUDO, inclusive para aumentar o patrimônio de muitos deles, talvez. Muitas das igrejas e grandes ministérios de hoje, não resistiriam a uma CPI MEIA BOCA. Se o ministério público resolver levantar as finanças de muitas delas, provavelmente complicará a vida de muita gente. Que Deus tenha misericórdia de sua Igreja. Ninguém está acima da obra de Deus, ninguém tripudiar sobre a igreja e ficar impune. Deus não se permitirá escarnecer.

RESPONDENDO A QUATRO PERGUNTAS BÁSICAS
SOBRE AS ELEIÇÕES DESTE DOMINGO :

1.1  Sobre a perpetuação no poder de Pastores de Grandes campos, ministérios, convenções estaduais e Convenção Geral.

O modelo Assembleiano é o mais retrógrado que se pratica nos meios evangélicos no Brasil, onde nem o corpo ministerial, o presbitério, obreiros e muito menos a igreja, são consultados sobre a permanência ou substituição de seu pastor. Muitas vezes a igreja está feliz com o seu líder, ele é amado por todos e está desenvolvendo um grande trabalho, mas, por razões que não são explicadas a ninguém, ele é subitamente trocado do dia para a noite, às vezes para satisfazer “interesses outros” – um queridinho precisa vir para o seu lugar. Este é o estranho e autoritário procedimento assembleiano. É o modelo da força, da imposição, do autoritarismo.

Por outro lado, há os casos de pastores que ficam anos e anos na mesma igreja, passam do tempo, cansam o rebanho, entram na caduquice, mas, ficam ali, insistindo com uma chamada que o tempo já disse que acabou. Esses casos se repetem com anciãos que fizeram história em determinadas igreja, e, por conta disto, precisam ser recompensados ali, no trono até morrer. Muito mais fácil jubilá-lo de forma respeitosa e descente, preservando a igreja de tanto sacrifício.

1.2  Nepotismo em nosso Meio.

Uma prática que tomou conta de nossa denominação de forma VERGONHOSA, ANTI BÍBLICA e IMORAL até. A obra de Deus se transformou em objeto de interesse familiar de determinadas familias. Transformaram a casa de Deus em dinastia, capitania hereditária. Infelizmente, campos interessantes só são passados para os filhos de quem lá está liderando há décadas. A maioria desses pastores forma uma base de sustentação, trabalha os seus aliados como se faz na política mundana, fazem alianças e costuras as mais espúrias possíveis as vezes, e assim, transferem a igreja para o filho ou genro ou quem eles quiseram à revelia, sob a tese de que esta é a vontade de Deus, e claro, com o respaldo do grupelho que ele formou já com esta maquiavélica intenção.

Por outro lado, muitas vezes esse procedimento acontece contra a vontade da igreja e dos obreiros, à força, o que tem provocado escandalosos e rachas todos os dias, nessa já descolorida COLCHA DE RETALHOS que nos transformaram.

1.3  Política mundana no altar de Deus.

O processo de eleições de presidentes estaduais e nacional, é algo parecido com a política do mundo, onde se negociam cargos, igrejas, candidaturas a cargos eletivos, etc. Acompanhei no nordeste, um caso de um pastor amigo meu, que disse – e assim foi, ter aberto mão de ser candidato a presidência da igreja da capital naquele estado, para ser apresentado por quem ele apoiava, a deputado Federal, tão logo o seu amigo fosse eleito e Assim foi. O amigo assumiu a igreja e fez dele um deputado federal. Isto me foi contado por ele, pessoalmente à época. Nem acreditei no que estava ouvindo, mas os fatos comprovaram tudo dias depois. Essa sem vergonheza pode, é legal, a bíblia deles aprova e suas teses também. Não sei no dia do juízo final – é com o Senhor.

Campanhas para presidentes de grandes campos são iguais a política cotidiana, com denuncias de corrupção, abuso de poder econômico, derrame de dinheiro, compra de votos, dentre outras, tudo isso na casa de Deus. Sem contar as consagrações de obreiros que eles fazem às vésperas desses eventos, no varejo e no atacado. Consagram qualquer pessoa que se comprometa a votar neles. É um nojo o que estão fazendo com o santo evangelho de Jesus no Brasil,  em tempos de campanhas eleitorais, daí a expressão : “DEUS CRIOU A SUA IGREJA, E O DIABO AS CONVENÇÕES”. Tudo isto sem contar no palanque eleitoral que a igreja se transforma, em campanhas políticas mundanas, com gente de toda espécie invadindo o altar de Deus, pregando, lendo a bíblia, se dizendo servo de Deus, amigo do pastor, um quase crente, para pedir votos, com o aval desse desastrado e irresponsável líder. Tô falando de coisas que acontecem nas Assembleias de Deus brasileiras.

1.4  Qual o melhor dos candidatos a presidente da CGADB neste pleito.

Uma boa pergunta. São três os candidatos : Pr José Wellington Jr de São Paulo-SP, Pr Samuel Câmara de Belém-PA, e Pr Cícero Tardin de Alto Piquiri-PR, esse a meu ver, um coadjuvante sem a menor chance de vitória, correndo por fora, mero figurante.

SOBRE OS CANDIDADOS – PRÓS E CONTRAS



Pr José Wellington Jr  Tem a seu favor, o fato de ser vice presidente do pai na igreja sede, presidente no setor de Guarulhos-SP, presidente do Conselheiro Administrativo da CPAD, e ter sido indicado pelo pai, que tem feito campanha aberta para ele, com o peso e prestígio do seu nome. 

Tem contra si o fato de ser uma pessoa de pouca comunicação, de estilo recatado, não dado a muita conversa, nunca ter liderado um grande número de pastores – exceto em Guarulhos, não ser um exímio orador, e pouco se pronunciar em debates, o que faz parte do seu temperamento.



Pr Samuel Câmara - Tem a seu favor, o fato de ter sido vice presidente do Pr Alcebíades Pereira Vasconcelos em Manaus-AM, um dos maiores, cultos e influentes pastores de nossa denominação, é presidente da AD em Belém-PA, igreja mãe, é fluente orador, e se apresenta como a renovação, o novo, o diferente e anti nepotista. 

Tem contra si o fato de ser pouco político, passando a impressão de que teria dificuldades em lidar com líderes, tem dificuldade em manter o equilíbrio quando confrontado, não costuma ouvir conselhos e orientações de ninguém - dizem alguns auxiliares seus, e via de regra, age por seus impulsivos instintos, sem pensar nas conseqüências do que fala.



Pr Cícero Tardin  Não sei muito sobre ele, apenas que disputou a presidência da Convenção das Assembleias de Deus no Parará nas últimas eleições, perdeu para o Pastor Perci Fontoura, e se diz candidato a tudo que surgir – palavras dele. Em seu estado é conhecido, fora nem tanto, seria uma incógnita, pouco ou nada se conhece do seu perfil. Corre por fora, como se diz.

COMO SERÁ O MEU VOTO, POSSO DIZER ?

BOM MEU VOTO É PARA NENHUM DELES. Respeito os dois, mas, esse modelo de evangelho foge a todos os princípios cristãos. A meu ver, Deus está anos luz distante de tudo isto, certamente muito irado com o que fizeram de sua igreja. Não consigo associar isto a algo de Deus. Como não posso votar nos dois candidatos, não votarei em nenhum deles.

Tenho ou sempre tive trânsito livre nos dois lados. Fui pastor nos EUA de 2002 a 2008, trabalhando com a CONFRADEB USA-Convenção Fraternal das Assembléias de no Brasil, USA, na liderança doPr Joel Costa Freire, filho do Pr José Wellington Bezerra da Costa, e em minha volta ao Brasil, de 2011 a 2013, me filiei a CIMADB-Convenção da Igreja Mãe das Assembleias de Deus no Brasil, com o Pr Samuel Câmara, deixando por onde passei história limpa, portas abertas e muitos  amigos

Converso com muitos amigos, 
a maioria não quer ou não pode mostrar a cara, faz parte e respeito. Eu sempre falei o que penso,mostrando o lado que defendo, acredito e estou. Não me fixo nesse negócio de que posso ficar mal com este ou aquele. Vivo do meu trabalho e quem cuida de mim é o Senhor. Há coisas que não se deve vender : A dignidade, a honra, e o caráter. Jamais diria que estou sem estar, é um posicionamento muito pequeno. Quando fui do Belém nos EUA, fui de corpo e alma. Quando estive na CIMADB, o fiz de coração. Agora sou apenas a igreja do Senhor e nada mais que isto.

Lembre-se, o seu voto deve ser exercido com consciência, e nunca por influência de ninguém. Exercite o seu direito de votar livremente, em quem você desejar.

PENSE NISTO E EXERÇA O SEU DIREITO DE ESCOLHA em sua total plenitude. Seja quem for eleito, que Deus nos proporcione dias melhores, tempos de paz, menos sombrios e mais, muito mais promissores, é o nosso sincero desejo.