quarta-feira, julho 31, 2013

Artigo do meu Amigo de Infancia Dr Daniel ,Administrador,Professor e Um Grande Intelectual.
No dia 9 de setembro é comemorado o dia do Administrador como forma de reconhecimento àquele tipo especial de profissional que lidera a mudança do mundo. Os administradores não são melhores nem piores do que os outros profissionais, apenas são diferentes. Mas o que é o administrador? Quem é este profissional diferente?
A diferença reside no fato do Administrador amar problemas. Parece esquisita a resposta, mas é a mais exata que se pode encontrar para dar conta do cotidiano desta profissão. Às pessoas comuns pode, sim, parecer estranho que haja profissionais que busquem aquilo de que mais fogem, de que mais querem distância: ter que enfrentar problemas. Um mundo sem problemas é um mundo nocivo, chato, sem sentido aos administradores. Um problema é tudo aquilo que ameaça ou que apresenta oportunidades para o que os administradores chamam de Organização. Uma organização é todo agrupamento humano que tenha pelo menos um objetivo comum aos seus integrantes.
É este o desafio dos administradores: atingir objetivos trabalhando com e através de pessoas, com seus problemas, objetivos, idiossincrasias, modos de ser pessoais. Não é uma tarefa fácil tratar com pessoas e direcionar esforços para que façam o que precisa que seja feito. Todo mundo, no fundo, precisa saber administrar, mesmo que seja para gerenciar a sua própria vida. Isso não significa que todos tenham que ter um diploma de administrador: a administração é uma filosofia de vida necessária, imperativa, principalmente nos tempos atuais. O que marca esta filosofia é a busca incessante do homem de viver, viver bem, viver melhor. É a busca de futuros cada vez mais promissores a finalidade última de todo ser humano – e por isso a administração é fundamental.
Pergunte-se, por exemplo, a si mesmo como você quer estar daqui a dez anos. Se sua resposta for “não sei” ou algo parecido, você precisa urgentemente de administração. Toda organização precisa dar conta de seu futuro, não importa se seja uma família, uma empresa, um município ou um país. Dar conta do futuro significa saber onde se quer chegar, como se quer estar neste futuro desejado. Se não se sabe onde se quer chegar, dificilmente se concretizará qualquer intento satisfatório de futuro, os recursos serão mal empregados e corre-se o risco de, ao se tentar progredir, retroceder. O exemplo disso? Vejam-se quantos municípios continuam do mesmo jeito que se encontravam há décadas; quantas empresas faliram por não se preocupar com esta regra básica de gestão; quantas famílias fracassaram, deteriorando seus patrimônios; quantos sonhos individuais se transformaram em pesadelos.
O administrador é um realizador de sonhos porque sempre faz o que tem que ser feito de forma funcional, conseqüente. Os gestores se distanciam de explicações complexas que não possam ser compreendidas por todos os que com ele trabalham: a simplicidade e a compreensibilidade são duas de suas habilidades essenciais. Todo administrador também é um pedagogo, como conseqüência dessas habilidades, porque tem que ser capaz de ensinar o que aprendeu, o que inventou, o que aperfeiçoou. Em muitas situações, seu aprendizado, sua invenção, seus aperfeiçoamentos são fontes de graves conflitos, mas sua capacidade política, seu poder de convencimento o transformam em político: sua principal ferramenta de trabalho é a palavra. Os administradores mais talentosos são capazes de encontrar praticidade e utilidade em conhecimentos de ciências aparentemente tão distantes, como a física quântica, a biologia, a nanotecnologia, a medicina, a química, dentre outras.
A busca por solução aos problemas organizacionais invade áreas aparentemente sem sentido, como o budismo, a teoria do caos, as teorias das supercordas (teoria dos universos paralelos), a paraeconomia, os sistemas paralógicos etc. O administrador tenta ser o que jamais conseguirá ser: alguém capaz de interpretar o mundo e agir sobre ele de tal forma que os outros homens se beneficiem de sua ação. A ação é o que marca a natureza de administrar. Administrar é agir. O administrador age porque nunca se conforma com o estado atual das organizações e do mundo. O administrador pensa que as organizações e o mundo estão do jeito que estão porque não foi capaz de encontrar um caminho viável a um futuro mais promissor.
O Administrador é um inconformado. O administrador jamais apresenta problemas para as pessoas, sejam elas seus superiores ou não - sempre mostra soluções, mesmo que tenha que negociá-las, outra ferramenta de que se utiliza bem. Faça outro teste: se você comumente apresenta mais problemas do que soluções, é administração que lhe falta. A razão é simples: administradores adoram problemas. Estes testes não devem ser interpretados como afronta, mas como uma comprovação diária do que se constata no interior das organizações. Quanto maior a capacidade de alguém em resolver problemas, maior o seu valor para sua organização, para sua família e para o seu reconhecimento social e profissional. Como conseqüência disso, todo problema que acontece ao redor de um administrador, este o toma para si: “Errei!!!”, ele dirá. Só erra quem age, quem experimenta, quem ousa; quem se acomoda é incapaz de errar, mas também jamais acertará.
O ambiente de atuação de um administrador é dinâmico, dado o seu gênio inventivo, inovador, criativo. Isso envolve e contagia aqueles com quem convive. A admiração e o envolvimento são decorrentes deste êxtase criado e que é capaz de revelar a qualquer ser humano sua capacidade inesgotável de fazer coisas, de realizar feitos. Para o administrador, qualquer coisa é possível, inclusive mudar o mundo. O administrador é aquele profissional que se sente atraído em resolver questões que todos julgam impossíveis porque o impossível é apenas algo que ainda não foi realizado, mas que um dia será: é preciso que o impossível seja realizado para deixar de ser impossível. É isso o que atrai os administradores. É difícil realizar o impossível? Mesmo que seja, provavelmente jamais o administrador o dirá na frente de alguém. Se o administrador tenta transformar o impossível em possível e falha, jamais pronunciará a palavra “impossível”. Ele dirá: “Fui mal sucedido!”, porque outro administrador poderá transformá-lo.
Pode parecer que estejamos querendo transformar a figura do Administrador em um semi-deus, mas não o é. Queremos apenas retratar um pouco da mentalidade e da prática gerencial, nada mais. Com toda razão alguém pode dizer que somos loucos, o que não vamos lhe negar a razão, uma vez que muitos loucos de ontem são endeusados hoje justamente por o terem sido. Mas suas loucuras mudaram o mundo. As maiores transformações de que usufruímos hoje são frutos das loucuras de homens que ousaram, que jamais admitiram que o impossível existia no mundo da gestão e nos seus mundos paralelos. O louco que faz belas realizações não é louco, é apenas incompreendido. Se nos perguntassem qual a maior realização de toda a história da humanidade, responderíamos sem pensar duas vezes: a invenção da gestão. Nossos maiores avanços médicos, tecnológicos, políticos, a formulação da origem do universo e dos universos paralelos, a ida à lua, a cura para doenças, enfim, tudo o que se possa imaginar que seja a maior realização humana não seria realizada se não houvesse a gestão que lhe asseguração ser viabilizada.
Mais uma vez, não é necessário ter um diploma de gestão para administrar, mas poucas são as pessoas que aprenderam gestão, mesmo entre os muitos diplomados. Basta ver que a maioria das pessoas é mal sucedida, basta ver que a maioria das pessoas precisa de emprego, exemplo máximo da necessidade de se aprender a administrar. Saber administrar é ser capaz de tomar a vida nas mãos e conduzi-la ao futuro desejado. Não é por acaso que as organizações melhor gerenciadas procuram saber quais foram as grandes realizações dos candidatos aos seus cargos executivos, antes de fechar o contrato. Se as realizações forem consideradas insuficientes, não há contrato. As organizações precisam de realizadores, de administradores e precisam ter a garantia de que estão contratando alguém pelo menos satisfatória.
Naturalmente, nenhuma garantia é mais tácita do que o que candidato fez em seu próprio benefício: se for incapaz de gerenciar a si mesmo, será incapaz de gerenciar uma organização a contento. Mais uma vez: a administração é uma filosofia de vida. O dia que esta filosofia fizer parte da maior parte dos cidadãos de uma cidade, de um Estado, de um País, certamente este será um povo desenvolvido. O que marca a diferença entre povos desenvolvidos ou não é justamente a existência ou não de uma mentalidade gerencial entre seus cidadãos. Dois são os pequenos passos em direção a esta mudança por todos os povos buscada: primeiro, saber onde e como se quer estar em um futuro determinado; segundo, aprender a resolver problemas.

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