NO FINALZINHO, BARBOSA PEITO DE AÇO AMOLECEU O CORAÇÃO E LIBEROU OS CONDENADOS NO MENSALÃO
BARBOSA
REJEITA PRISÃO IMEDIATA DE CONDENADOS

O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, negou nesta
sexta-feira (21) a prisão imediata de 25 condenados no processo do mensalão.
Barbosa rejeitou o pedido feito pelo procurador-geral da República, Roberto
Gurgel, para mandar os culpados na ação penal para a cadeia. O chefe do
Ministério Público Federal sustentou em agosto, no início do julgamento, que a
prisão logo após as condenações visa a evitar eventuais recursos que só têm
objetivo de atrasar o cumprimento das penas.
Numa
decisão de três páginas, Joaquim Barbosa citou o julgamento de um habeas corpus
de 2009 pelo Supremo em que foi negada a prisão antes do fim de todos os
recursos cabíveis. Na ocasião, ele foi voto vencido. "Por conseguinte, segundo a
atual orientação do plenário do Supremo Tribunal Federal, até o trânsito em
julgado da condenação, só há espaço para a prisão de natureza cautelar",
afirmou.
O
presidente do STF observou que os embargos podem levar, em tese, a mudanças na
decisão e disse não ser possível presumir, de antemão, que os condenados usarão
os recursos apenas de maneira protelatória. Ele ressaltou que os passaportes já
foram apreendidos e foi determinado que os condenados tenham de pedir
autorização ao Supremo para deixar o País.
Na
última sessão de julgamento do processo, na segunda-feira, o procurador-geral
recuou da intenção inicial de cobrar a decisão do plenário. "Quero aguardar a
conclusão do julgamento, aí farei (o pedido) por uma petição que exporá de forma
mais adequada a pretensão do Ministério Público e seus fundamentos. Mas apenas
após a conclusão do julgamento", anunciou.
Gurgel
apresentou o pedido, por escrito, na noite de quarta-feira (19). O teor da
manifestação, de 20 páginas, não foi divulgado pelo procurador-geral. Dos 25
condenados no processo, 11 foram condenados a prisão em regime inicialmente
fechado, outros 11, em regime semiaberto, dois cumprirão penas alternativas e um
em regime aberto. (Agência Estado)
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