quinta-feira, outubro 11, 2007


A simplicidade do evangelho de Cristo tem sido desprezada por esses pregadores do antropocentrismo. Eles são incapazes de dizer: “Jesus Cristo salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará”. Isso para eles é ser retrógrado; preferem discorrer sobre temas que provocam emoção, gritos, pulos, “marchas”, “vôos de águia” e descontração. Muitos, depois de tais mensagens, dizem: “Como esse pregador é bom, animado e divertido”. Mas poucos afirmam: “Hoje, Jesus falou comigo”.
Eles não pregam que Cristo venceu na cruz. Primeiro, porque sequer crêem nisso; para eles, cruz é sinônimo de derrota. Segundo, porque a pregação dessa verdade não lhes traz nenhum benefício material imediato, para esta vida. Não há dúvidas: são inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18). Quando falam de Jesus, distorcem a sua obra, afirmando que Ele foi ao inferno, para tomar as chaves do Diabo e lá nos resgatar...
Para o antropocentrismo “evangélico”, Jesus — o Cordeiro imaculado e incontaminado (1 Pe 1.18,19) —, teria assumido a natureza de Satanás na cruz (que blasfêmia!), além de só ter realizado a redenção da humanidade no inferno, ao fazer uma declaração de fé como homem. Ele teria sido torturado por demônios, no inferno, onde conseguiu, pela força da fé, tomar as chaves do Diabo e vencê-lo.
Ora, Jesus não foi ao Hades para tomar chaves de Satanás. Ele tem as chaves da morte e do inferno (Ap 1.18), porém não as tomou do Inimigo. Isso é uma invencionice, como já explicamos em nossa obra Erros que os Pregadores Devem Evitar, também editada pela CPAD. Basta ler a Bíblia com atenção para descobrir que o Diabo nunca esteve no Hades, pois habita as regiões celestiais (Ef 2.2; 6.11).
Ademais, o Senhor Jesus foi à região dos espíritos dos mortos proclamar a sua vitória e tirar de lá os justos dos tempos do Antigo Testamento, pois até antes de sua morte o Hades era um lugar só, com dois compartimentos — o dos justos e o dos ímpios —, separados por um abismo. Isso é claramente descrito nas seguintes passagens: 1 Pedro 3.18,19; Efésios 4.8-11; e Lucas 16.19-31.

Nenhum comentário: