segunda-feira, maio 21, 2007

ARTIGO PR SAMUEL CAMARA

Os adoradores que Deus procura






Samuel Câmara

Pastor da Assembléia de Deus em Belém





A afirmação de que “Deus procura adoradores” foi proferida por Jesus Cristo, o Filho de Deus. Em conversa com uma mulher samaritana que queria saber a respeito da verdadeira adoração, Ele afirmou: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23).

A ordem comum é o adorador buscar a Deus, pois “o homem tem dentro de si um vazio do tamanho de Deus, que só Deus pode preenchê-lo”. Isto faz do ser humano essencialmente um adorador, sendo essa a marca indelével do Criador na humanidade. O tatear incessante da humanidade em busca de um ser superior a quem possa prestar culto ocorre para dar sentido à vida e para saciar a fome interior de desempenhar o seu papel intrínseco de adorador.

Parece incomum que Deus procure adoradores. Mas Ele o faz. E quando Jesus estabelece a qualificação da adoração, que a mesma deve ser feita “em espírito e em verdade”, isso quer dizer pelo menos duas coisas: não é todo tipo de adoração que Deus aceita; e também, não é todo tipo de adorador que está habilitado a adorá-lo.

Quando Jesus diz que a adoração deve ser “em espírito”, isso indica que Deus não pode ser representado por qualquer imagem ou figura. Quando diz “em verdade”, indica que toda adoração tem que ser realizada em submissão à Palavra de Deus.

Os que fazem as coisas do seu próprio modo, e não como Deus orienta na Palavra, caem na cilada de criarem deuses segundo os seus próprios conceitos. “Tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus... e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis... pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura, em lugar do Criador” (Rm 1.21-25).

O ser humano foi criado para se relacionar com Deus, coisa da qual não pode fugir ou omitir-se. Em seu tatear incessante para cumprir o papel para o qual foi criado, em sua busca de se relacionar com o Divino na esfera do sagrado, na maioria das vezes tenta preencher o vazio de não conhecer a Deus e produz para si deuses que não são, e fabrica ídolos que satisfaçam essa necessidade interior.

A afirmação repetidamente anunciada como verdade, mas dúbia em sua natureza, de que “todos os caminhos levam a Deus”, é falsa. Ora, se não importa o meio que alguém escolhe para adorar a Deus, então por que Deus procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade?

É necessário que o verdadeiro adorador conheça a Deus e se relacione com Ele numa íntima comunhão. Mas conhecer a Deus só é possível porque Ele se revelou aos homens por intermédio de Jesus, a imagem perfeita do Pai. Jesus afirmou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).

Se Jesus é “o caminho” (não um caminho) para se chegar a Deus, isso indica que não há nenhum outro caminho: nem anjos, nem Maomé, nem Buda, nem Maria, nem santos. Dessa forma, o verdadeiro adorador só pode conhecer a Deus por intermédio de Jesus, pela simples razão de que “há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Tm 2.5).

Deus procura verdadeiros adoradores. “Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).

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