sexta-feira, janeiro 04, 2013

LIDERANÇA
PASTORES E GESTORES
A importância de integrar os papéis de maneira sábia
Por: Oswaldo Luiz Gomes Jacob em www.institutojetro.com
Precisamos de pastores segundo o coração de Deus que apascentem o povo com ciência e com inteligência (Jr 3.15). Notamos o número expressivo de gestores de igrejas e não de pastores de ovelhas. Jesus disse a Pedro: "Apascenta as minhas ovelhas" e não administre templos, funcionários e contas no banco, etc.". Há pastores que são tocadores de obras. Precisamos redefinir a nossa postura pastoral à luz dos ensinos de Jesus e dos apóstolos. Nós não somos gestores, mas pastores. Não somos chefes ou patrões, mas servos, chamados como homens comuns para um trabalho extraordinário.
Homens com os mesmos sentimentos que Elias. Deus nos chamou para cuidarmos da família e da Sua igreja, de gente e não de coisas, de empreendimentos imobiliários, obras, compra de equipamentos. Precisamos, sim, treinar pessoas íntegras para exercerem funções administrativas, para serem gestores éticos e eficientes. Que tenham fundamentação bíblica sólida, exercendo a função nesta perspectiva, vendo as coisas do ponto de vista de Deus.
Cada um deve cuidar do que lhe é próprio
Sabemos que não é fácil delegar quando toda a responsabilidade do organismo e da organização é do pastor-presidente. É sinal de maturidade investirmos no treinamento de líderes comprometidos com os valores do Reino de Deus. Homens e mulheres que estejam dispostos a dar o melhor de si mesmos para o Senhor e para a instituição ou igreja. Pastores e gestores podem viver integrados no diagnóstico e no prognóstico da Igreja. Lado a lado trabalham para o bem do povo e do testemunho do evangelho, visando a salvação de vidas preciosas. Que zelam pela pureza e dignidade do evangelho de Cristo porque estão comprometidos com a integridade dEle.
Os pastores devem tratar os gestores com amor, encorajamento, transparência, sinceridade. Os gestores devem honrar o Senhor respeitando e se submetendo aos seus pastores. A sintonia e a sinergia devem caracterizar a sua relação e o seu trabalho. Eles devem ser convergentes. Os pastores não devem interferir no trabalho dos gestores e nem vice-versa. Os limites devem ser respeitados. Contudo, o pastor é o líder-servo que pode e deve ser consultado nas macro questões da administração. Foi o que Jetro ensinou a Moisés (Ex 18.13-27).
Que pastores e gestores vivam em profunda comunhão relacional e administrativa. Tenham a consciência de que estão servindo o Senhor com alegria e singeleza de coração, sempre fazendo o melhor. Contribuam de forma decisiva para o crescimento qualitativo e quantitativo da Igreja de Jesus. Vivam humildemente, reconhecendo os erros e reparando-os. Busquem aprender dia a dia. Sejam o exemplo de amor, bondade, humildade, misericórdia, justiça, verdade, trabalho intenso, responsabilidade, ética e prazer em tudo o que realiza e sempre para a glória de Deus.
O grande desafio de pastores e gestores é a consciência de que o Senhor é o dono da obra e que deve ser honrado, dignificado em todo o tempo seja na vida pessoal, seja na prestação de contas. Que o Senhor Jesus cresça e eles diminuam. Sejam firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o trabalho do Senhor não é vão (1 Co 15.58). Temos na Bíblia o exemplo de pastor e gestor - Esdras e Neemias - que trabalharam para a reconstrução da cidade de Jerusalém e o fizeram espiritual, ética, emocional e fisicamente. Eles labutaram para a glória do Senhor. Deus estava no comando. Os homens de Deus são aqueles que obram para que a honra seja sempre do Senhor. Que tenhamos em nossas Igrejas pastores e gestores assim.

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