quinta-feira, outubro 02, 2008

Coluna do Samuel Câmara
A hora da decisão Edição de 27/09/2008 Pastor da Assembléia de Deus em Belém
As eleições municipais que se avizinham ajudarão a decidir os rumos que cada cidade deste imenso país seguirá nos próximos quatro anos. De algum modo, cada eleitor certamente terá de pensar sobre o seu voto, sobre qual candidato escolher.
Talvez você esteja frustrado com a escolha que fez nas últimas eleições. Talvez seja um daqueles que nem se lembra em quem votou. Ou talvez seja uma das pessoas que ache eleição uma coisa chatíssima.
Mas pense! Uma pessoa que comece a votar aos 16 anos e viva até aos 80 anos, poderá participar de 17 eleições municipais, no máximo. Quantas coisas na vida você pode fazer para mudar ou melhorar algo e, por fim, acaba desprezando?
Lembre-se: cerca de metade da população do mundo não sabe sequer o que quer dizer votar e escolher os seus próprios governantes. Nós podemos. Somos privilegiados por fazer parte da escolha da vida política da nossa cidade.
A maneira como cada eleitor trata o seu voto fornece uma pista segura para sabermos se o mesmo tem consciência política e exerce plenamente o seu direito de cidadão, ou não. Desse modo, a estatura de cada cidadão é medida pela valoração que dá ao seu voto, pelo modo como expressa a sua vontade política.
Por isso, o voto é não somente intransferível e inegociável, mas também precisa refletir a compreensão que o eleitor tem de sua cidade. Em função disso, ele não deve, em hipótese alguma, violar a sua consciência política, principalmente no que diz respeito à sua maneira de ver a realidade social.
Cada eleitor deve discernir se o candidato que pede o seu voto é uma pessoa lúcida e comprometida com as causas da Justiça e da Verdade, e não um oportunista de plantão, que só aparece em época de eleição.
Se o eleitor quer ter compromissos éticos na política, deve lembrar-se de que os fins não justificam os meios. Por isso, nunca deve aceitar promessas de qualquer candidato que possam implicar na violação de sua consciência, mesmo que a “recompensa” propalada seja aparentemente boa para si ou para a sua comunidade.
O eleitor não deve aceitar de forma alguma ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios que lhe roubem a glória de ser um cidadão responsável e útil à sociedade com o seu voto.
Devemos ter em mente que o nosso voto é, de algum modo, um instrumento pacífico de transformação social. Por isso o voto é revolucionário.
A idéia que permeia a mente das pessoas, quando se fala em revolução, nada tem de agradável. Ao contrário, pensa-se em revolta, violência, luta armada, sublevação da ordem pública etc.
Nisso também concordam os dicionários, cuja definição diz que revolução é a “transformação radical e, por via de regra, violenta, de uma estrutura política, econômica e social”. Mas, a despeito disso, há sim a possibilidade de ser realizada uma “revolução pacífica” por meio do voto.
A “revolução pacífica” de que estamos falando tem data marcada: 5 de outubro. Assim, quer queiramos admitir ou não, estaremos caminhando em sua direção, o que pode melhorar ou piorar a nossa cidade, dependendo da nossa atitude. Se formos omissos, ajudaremos a piorá-la; se interessados, diligentes, solidários e participativos, daremos um grande passo para melhorá-la.
Se não dá para mudar tudo de uma só vez, podemos ao menos tentar evitar que o mal prospere, ao votarmos e elegermos os candidatos sérios e de melhores propostas.
Se os eleitos não puderem mudar o que precisa ser mudado, na pior das hipóteses evitarão que pessoas nocivas sejam eleitas e ocupem o lugar que nos é devido, exerçam autoridade sobre nós, persigam nossa fé e blasfemem contra o nosso Deus.
Quero congratular-me com o Brasil e com você, que vai votar, por este momento de festa democrática. Em votando com seriedade, cada um de nós mostrará a sua relevância para a nossa cidade, nosso País e nossa gente.
Nesta hora de decisão, que Deus ajude cada eleitor a fazer a melhor escolha!

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